Os foliões que residem no município de Santa Inês,
a 250 km de São Luís, não poderão contar pelo o segundo consecutivo com a festa
momesca na cidade. A decisão foi anunciada em uma entrevista coletiva convocada
pela prefeita Vianey Bringel (PSDB).
Prefeita Vianey Bringel |
Segundo a prefeita, Santa Inês está
enfrentando uma crise financeira, o que está impossibilitando a realização do
carnaval. “Infelizmente o município não tem condições
financeiras para bancar um carnaval. Primeiramente podem até perguntar ou dizer
‘mas a senhora prometeu em campanha fazer as festas comemorativas do nosso
município’, mas Santa Inês hoje deve dos Correios a Caema. Todos os setores
aqui todo dia tem uma surpresa. É um convênio que é publicado fora da data, no
mandato de outro gestor, no valor de 22 milhões. Não é brincadeira”, revelou.
Vianey Bringel afirmou também que está buscando meios para tirar o
município da crise e acrescenta que espera poder programar uma festa no
aniversário da cidade que será comemorado no próximo dia 14 de março.
“Eu vou ver se daqui até o dia 15 eu
consigo limpar todas essas pautas devedoras como Correios, Caema, para vê se a
gente consegue um convênio para o aniversário da cidade. Agora também o
convênio é em base de 150 mil a 200 mil. Uma festa dessas com esse valor você
não pode esperar nenhuma grande festa porque não dá”, disse a
prefeita de Santa Inês.
Prejuízo no comércio
Com o carnaval cancelado, alguns
setores já começam a sentir os reflexos. Como é o caso dos comerciantes que
aproveitavam o período para aquecer o faturamento.
O lojista Cícero Batistas diz que sem a festa momesca, a expectativa a partir de agora no município é de que tenha uma queda significativa nas vendas.
O lojista Cícero Batistas diz que sem a festa momesca, a expectativa a partir de agora no município é de que tenha uma queda significativa nas vendas.
“O carnaval é uma perspectiva que a
gente tem de melhora. Só que infelizmente na cidade não vai ter já começa ruim.
Aí vem março, vem abril tudo ruim. O carnaval na realidade vai nos fazer muita
falta”, desabafou.
Mas nem todos os setores do comércio estão sendo afetados. Nas
malharias, o cancelamento do carnaval não irá afetar tanto. É que algumas
delas, que confeccionam abadas para mais de 30 municípios, o proprietário
precisa até dobrar o número de funcionários para poder realizar as entregas.
Júnior Aguiar, gerente de uma
malharia na cidade, diz que por contas das prévias de carnaval houve um aumento
na produção. “Graças a Deus aqui em Santa Inês teve vários
donos de blocos que estão fazendo essas prévias de carnaval em locais
privativos e, inclusive, teve um agora que aconteceu domingo passado e fizeram
todos aqui”, finalizou.
G1MA