Em uma avaliação dos 60 dias do novo governo municipal, vários coordenadores da área da saúde, secretário e a prefeita, Ducilene Belezinha, concederam na tarde desta sexta-feira (01 ), entrevista no Programa Balanço Geral da rádio Cultura FM.
Participaram da rodada de entrevistas o coordenador de laboratório, Tito Neto, diretor do departamento de vigilância epidemiológica, Eduardo Luis da Silva, o terapeuta ocupacional do Caps, Luis Roberto, coordenador da vigilância sanitária Edivar Júnyor (por telefone) , diretora do HAPA, Joselene Fortes, Jordania ( representando o diretor clínico do HAPA ), Dr. Talvane Hortegal ( médico da HAPA ), Isamara Meneses ( assessora especial em Brasília ), secretário de saúde, Dr. Charles Bacellar, secretária adjunta de saúde, Valnice Meneses e a prefeita, Ducilene Belezinha.
Desde o início do ano, a nova gestão tem encontrado vários problemas na área da saúde, desde prédios com estruturas físicas comprometidas até a falta de material para o trabalho. Mas todos esses problemas, tem sido encarados como desafios a serem superados. Em cada departamento uma situação peculiar foi detectada, no laboratório de análises clínicas, que funciona no hospital Benu Mendes, por exemplo, nem a pintura da sala era apropriada. De acordo com o coordenador do laboratório, Tito Neto, os equipamentos encontrados não estavam em condições de uso, mas essa sit
uação mudou, a partir da próxima segunda-feira ( 04 ), o laboratório volta a funcionar.
“Exames que antes nunca foram realizados na cidade, agora serão feitos aqui mesmo” disse o coordenador.
Na área da vigilância epidemiológica, os trabalhos estão voltados para a prevenção da dengue. Mesmo com o período chuvoso fraco, já foi o bastante para a proliferação do mosquito transmissor da doença.
De acordo com o coordenador do setor, dos 24 bairros de Chapadinha, 13 foram considerados infestados pelo mosquito e desse total 7 foram considerados mais críticos. As ações se concentram nesses bairros para evitar situações mais graves. Para isso, a vigilância está realizando a borrifação.
O departamento da Vigilância Sanitária, que antes nem transporte para a realização de fiscalizações tinha, hoje possui dois: um para fiscalização e outro para acondicionamento de produtos apreendidos.
Segundo o coordenador da Vigilância Sanitária, Edivar Júnyor, a preocupação com a excelência no serviço é uma constante, pois os trabalhos tratam de saúde pública. Prova disso é que a partir da próxima segunda-feira ( 04 ), a equipe vai passar uma capacitação com duração de uma semana. O objetivo é oferecer tranquilidade à população tanto na prevenção quanto às denuncias de estabelecimentos que estiverem comercializando produtos impróprios para o consumo.
“Nosso compromisso é com a qualidade do serviço prestado à comunidade. Estamos buscando cada vez mais nos qualificar para realizarmos um trabalho digno à população”, declarou o coordenador.
A mudança também atingiu a classe médica. Antes um médico tinha que desempenhar sozinho várias especialidades ( clínico geral, cirurgião, pediatra ) para atender a demanda. A escala sobrecarregava o profissional que exausto não conseguia atender de maneira satisfatória o paciente que reclamava dos serviços. Mas hoje, a situação é outra. Cada médico atende em sua área específica evitando diagnósticos incorretos.
“ Foi uma mudança de 360 graus. O compromisso com o povo é visível logo que se entra no HAPA, pois tem médico atendendo todos os dias de maneira a respeitar tanto o paciente como também o profissional, disse o médico Talvane Hortegal, que faz parte do quadro clínico do HAPA.
Para o secretário de saúde, Charles Bacellar, o desafio é diário.
“ Com o passar do tempo, fomos descobrindo que os problemas eram maiores do que imaginávamos. E pior é que muita coisa deixou de ser feita não por falta de recursos, mas de força de vontade”, disse o secretário.
As filas no hospital, falta de medicamento, falta de médico e até de condições para internação fazem parte do passado. As mudanças no Hospital Antônio Pontes de Aguiar, começaram logo no dia 1º de janeiro, com aquisição de medicamentos, contratação de médicos e profissionais comprometidos com a saúde pública. Hoje cirurgias eletivas, antes privilégios de alguns, é uma realidade para todos. De acordo com o secretário, só nesta sexta-feira, foram realizadas 14 procedimentos no HAPA.
Depois de 60 dias de trabalho, começamos a respirar um pouco, mas ainda há muito por se fazer, como por exemplo a aquisição de equipamentos para a unidade. Encontramos equipamentos com mais de 12 anos. Um risco para a população!” completou o secretário.
Quanto ao transporte de pacientes dentro e fora da cidade, o secretário informou que o HAPA conta com 7 veículos em condições de circular até para viagens. Além das ambulâncias o município também conta com o micro-ônibus que viaja para São Luís três vezes por semana para levar pacientes de hemodiálise.
“ Já foi feita a solicitação para que as consultas dos pacientes de Chapadinha, em São Luís, sejam marcadas para os dias em que o micro-ônibus viaja para a capital, e assim, outros pacientes possam ir e voltar no carro evitando gastos com passagens” afirmou o secretário.
Para finalizar a rodada de entrevista a prefeita, Ducilene Belezinha, respondeu a vários questionamentos sobre as secretarias de sua gestão. Na área da saúde, em menos de dois meses já se tem boas notícias, como por exemplo, a conquista de uma UPA ( Unidade de Pronto Atendimento ) para Chapadinha, que irá desafogar o atendimento no HAPA e o início dos trabalhos para a construção do Hospital Regional de Chapadinha, com 50 leitos.
De acordo com a prefeita os débitos deixados pela antiga gestão estão impedindo a assinatura de convênios com o governo federal e uma das consequências disso é o impedimento de captação de recursos para construção de estradas. Apenas pequenas obras podem ser realizadas no município.
Quanto a coleta de lixo, a novidade foi o caminhão compactador com capacidade de armazenamento de 11 toneladas. O veículo agiliza o serviço e minimiza os impactos pela cidade.
“A população também deve fazer a parte dela, se organizando quanto aos dias da coleta de lixo para evitar sacolas nas ruas”, pediu a prefeita.
Na área da educação, os problemas são as obras inacabadas das escolas, falta de carteiras e de ventiladores. Os trabalhos para minimizar esses problemas estão sendo realizados, com reformas de carteiras, substituição das mais gastas e reposição de ventiladores, já quanto às obras das escolas ainda se busca uma solução que não prejudique os alunos. Para a educação infantil uma conquista inédita, o município busca parcerias para a confecção de livros e assim otimizar as aulas com recursos que facilitem o aprendizado.
Na área da Assistência Social, o cadastro para a moradia deve começar no mês de abril. A prefeita anunciou também, a assinatura de um contrato para a construção de mais 1.000 casas populares, onde serão construídos um CRAS e posto policial.
Na secretaria de Agricultura uma equipe técnica está de prontidão para atender ao pequeno produtor com informações sobre manejo correto de cada tipo de solo. A prefeitura firmou parcerias para a aquisição de insumos ao pequeno produtor.
Quanto aos semáforos, que queimam com as constantes variações de energia, o município já entrou em contato com uma empresa, especializada no ramo, para assumir esse serviço.
A iluminação pública também é outro desafio para o qual o governo municipal está atento. Só na zona rural são necessárias 6 mil luminárias. Um trabalho que deve ser realizado por etapas.
Outro assunto que gerou muitos questionamentos foi quanto ao pagamento dos servidores. A prefeita adiantou que será feito sempre no último dia útil do mês e que uma tabela com datas e prazos dos pagamentos deve ser divulgada até o fim desse mês.
“Meu compromisso é com o povo. Estou trabalhando para oferecer o melhor para nossa gente que já sofreu muito com o descaso. Agora é a hora de organizarmos a casa. Não podemos nos precipitar e atropelar as etapas. Mexer com dinheiro público requer cuidado e muita responsabilidade”, concluiu a prefeita.
Fonte: ASCOM/ Prefeitura de Chapadinha