Em
primeiro lugar, coloquemos os pingos nos “ii”
A cada
artigo que escrevo sobre o secretário de Infraestrutura, Luís Fernando (PMDB),
alguns comentários, mesmo os civilizados (únicos que publico), deixam a
entender que defendo a candidatura do peemedebista e até que voto nele. Em
primeiro lugar, não tenho razões para ser contra a candidatura de quem quer que
seja, afinal estamos numa democracia. Elogio a figura do administrador Luís
Fernando, comprovadamente competente e correto no trato do dinheiro público.
Isso nem mesmo o mais tarado dos adversários tem como negar. Detalhe importante:
os elogios não surgiram agora, são feitos desde que ele pegou a arrasada São
José de Ribamar e a transformou numa cidade com qualidade de vida.
Por
fim, é de conhecimento público que, caso o PPS tenha candidatura própria ao
Governo do Maranhão, meu voto será desse partido. Portanto, não sou, até aqui,
eleitor de Luís Fernando.
Dito
isso, vamos a outros esclarecimentos.
Comumente,
alguns leitores, mesmo os mais esclarecidos e mais civilizados, confirmam a
competência de Luís Fernando, com a ressalva de que infelizmente ele pertence
ao grupo que atrasa o Maranhão há tanto tempo.
Bom, é
o tipo de abordagem que dá margem ao comparativo. Ou seja, se é preciso saber
com quem Luís Fernando anda, também se faz necessário saber com quem Flávio
Dino (PCdoB) anda, único candidato já definitivamente posto.
E com
quem anda Flávio Dino?
Anda
com Dedé Macedo, que,
dizem, é agiota e ganha dinheiro com os prefeitos ligados a Flávio Dino. Homem
que também empresta o helicóptero para Dino fazer campanha política.
Anda
com Zé Vieira, ex-prefeito de Bacabal, que, quando governista, a oposição
tratava como político corrupto e dizia até que ele tinha ligações com
pistolagem.
Anda
com Weverton Rocha,
deputado federal e hoje manda-chuva do PDT. Weverton foi secretário de Esporte
na administração Jackson Lago (PDT), e foi o responsável pela destruição do
ginásio Costa Rodrigues, tradicional local de prática de esportes que foi
transformado num paliteiro. Até hoje a questão se encontra na Justiça. Isso
para não falar dos tempos de UMES, a União Maranhense de Estudantes
Secundaristas, de que foi presidente, tendo virado caso de polícia e de
Justiça.
Anda
desde sempre com o ex-prefeito de Caxias, Humberto Coutinho,
coronel que domina não só Caxias, mas vários municípios administrados pela
oposição. Nos arquivos deste blog o leitor pode encontrar a forma como esse
senhor administrava Caxias, cidade que o transformou em milionário. Não só ele
ficou milionário, a mulher também, deputada estadual entre os mais ricos
deputados do Brasil.
Não só
anda como foi o principal cabo eleitoral de Edivaldo Holanda Júnior (PTC),
prefeito de São Luís que conseguiu a façanha de ser pior do que Castelo (PSDB)
em apenas 10 meses de não-administração. Edivaldo Júnior cujo pai é um primor
de democrata e homem probo. O leitor pode também procurar nos arquivos do blog
o que escrevi durante 2012 sobre pai e filho. Abram os textos sem deixar as
crianças na frente do computador.
Poderia
seguir com a enumeração e mostrar os corruptos de menor escalão com quem Flávio
Dino anda e confraterniza. Seria perda e tempo, claro.
O que
interessa é o que segue.
Luís
Fernando, quando prefeito de São José de Ribamar, não fazia parte do grupo de
Roseana Sarney? Fazia. O grupo o impediu de fazer a grande administração elogiada
até por oposicionistas? Não. Por que, no governo, seria diferente?
Detalhe
importantíssimo: Luís Fernando fez a grande administração em São José de
Ribamar na oposição. Desmitificou a conversa mole dos prefeitos corruptos da
oposição, que sempre disseram que na oposição ao Governo do Estado não há como
governar.
Assim,
Luís Fernando, na oposição e no grupo de Roseana, conseguiu fazer uma excelente
administração na Prefeitura de São José de Ribamar. A pergunta fatal é: quem
garante que Flávio Dino conseguirá fazer mudanças no Maranhão na companhia da
turma com quem hoje anda e confraterniza?
DO BLOG
DO ROBERTO KENARD