Segundo a
prefeitura, o vídeo foi gravado no dia 29 de fevereiro, no Povoado Riacho
Grande. Após fortes chuvas que caíram na cidade, a professora conta que teve
que transferir seus alunos de uma escola para uma casa de taipa, que ficou
alagada.
"Ficou de
fevereiro reformarem a escola, mas não reformaram. Eu trouxe meus alunos e
estou nessa casinha para as crianças ficarem sem aula porque a reforma ia
acontecer. É uma casinha de taipa, caindo aos pedaços, mas eu estou aqui"
"Não posso dar
a minha aula. A casa está toda alagada. Não tem condição. Eu não acho justo os
meus alunos estudarem em uma escola dessas. Não é justo, nem comigo, nem com
meus alunos", declara a professora.
A professora é da
rede municipal de ensino. Chorando, ela cobra as autoridades uma atitude e um
lugar digno para lecionar.
"Faça você,
autoridade, que tem a obrigação de fazer isso. Não deixe meus alunos estudarem
em um lugar sujo. As autoridades podem fazer. Quem não pode fazer nada sou eu
para meus alunos estudarem em um lugar digno. Não é justo comigo, que sou uma
profissional. Eu não mereço isso", completou.
O prefeito de
Chapadinha, Magno Bacelar (PV) gravou um vídeo sobre este caso e publicou nas
redes sociais. Ele disse que repudia as críticas da professora, e que a
gravação teve motivação política.
"Quero provar
aqui, que fui recebido lá, e dizer que, estando lá, vi a realidade da escola, e
que me prontifiquei a resolver o problema. Quero dizer a todos que já reformei,
entreguei só nesta gestão inúmeras escolas e creches. Chapadinha sabe do meu
compromisso com nossa educação municipal. Uma profissional movida por
motivações políticas, corriqueiras a sua intenção de querer nos provocar, fez
um determinado vídeo, na busca incessante de querer nos ridicularizar. Mas minha
resposta é este vídeo. Nossa equipe trabalha com planejamento a fim de não ser
comparada a gestão anterior, onde esta professora fazia parte e que nunca
sequer consertaram uma cadeira escolar (...). Meu repúdio", disse o
prefeito.