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Justiça Federal aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Federal do
Maranhão e deferiu o pedido para busca e apreensão dos aparelhos celulares de
um advogado e outras 10 pessoas para quebra de sigilo telefônico.
Eles são acusados de praticarem crimes contra a Previdência
Social. Após investigação realizada pela Polícia Federal, com o apoio do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi constatada a concessão
fraudulenta de benefícios previdenciários em Imperatriz.
O grupo falsificava documentos públicos e particulares para
utilizá-los em processos previdenciários junto à Justiça Federal de Imperatriz
e obter vantagens indevidas e benefícios em favor de segurados especiais
rurais. Os acusados se associaram, há pelo menos 4 anos, em uma estrutura
organizada que tinha a participação de um advogado, do presidente do Sindicato
dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Imperatriz (STTR), funcionários de
cartórios extrajudiciais e até servidores do INSS.
Após a concessão do benefício, o grupo se apropriava
integralmente dos valores pagos a título de retroativos, além dos honorários
cobrados pelo advogado. Como forma de maximizar os lucros, obrigavam os
clientes a realizarem empréstimo consignado (desconto direto do benefício) e
ficavam com quase todo valor concedido.
Do Neto Ferreira.