A Polícia Federal prendeu hoje (22),
no bojo da Operação Seguro Fake, quatro funcionários do Instituto de Proteção e
Defesa do Consumidor do Maranhão (Procon-MA).
Foram presos preventivamente os
assessores senior Herbert Reis e Rosenir Hungria e temporariamente Ananda
Morais Ribeiro e Geordana de Brito Ramos. Todos estão lotados no Viva, órgão
vinculado ao Procon-MA.
Outras duas pessoas também foram
alcançadas pelos federais, mas não há informações sobre lotação delas no
Governo do Maranhão.
Segundo a PF, a operação é uma
ação coordenada entre policiais federais e servidores do Ministério do
Trabalho, especializados em rastrear as inclusões fraudulentas de benefícios do
Seguro Desemprego. Nessa fase, em apenas 10 minutos os policiais flagraram 42
tentativas de fraude ao benefício em uma única agência da Caixa Econômica
Federal na cidade de Redenção.
De acordo com os técnicos do
Ministério, o trabalho em conjunto com a PF, desde a implantação do sistema
antifraude desenvolvido pelo MTb em 2016, teria identificado e bloqueado mais
de 57 mil tentativas de fraudes no país, o que equivaleria à desvios de
aproximadamente R$ 800 milhões para os cofres públicos.
Os investigados responderão por
estelionato qualificado, inserção de dados falsos em sistemas de informações e
associação criminosa, com penas que podem ultrapassar vinte anos de reclusão.
Outro lado
O Procon-MA
encaminhou ao Blog do Gilberto Léda uma nota
curiosa. Apesar da confirmação, pela Polícia Federal, de que quatro dos presos
durante a operação são servidores do governo – assessores sênior – o órgão
tenta fazer parecer que eles agiam apenas como se fossem despachantes, sem
qualquer vínculo com o poder público.
No comunicado não há nenhuma linha
sobre possível exoneração dos funcionários (ou apoio, quem sabe).
Veja a nota.
O Governo do Estado
informa que o VIVA é um balcão de serviços, por isso disponibiliza, sem
qualquer custo, toda sua estrutura para que órgãos da esfera federal, estadual
e municipal prestem serviços públicos com qualidade, conforto e segurança ao
cidadão, sem, no entanto, ter qualquer ingerência sobre o mérito administrativo
dos atos de órgãos parceiros. Por essa razão, a Operação Seguro Fake não diz
respeito aos serviços prestados pelo VIVA ou por qualquer órgão estadual, e sim
por órgão federal.
Destacamos que, por
meio de monitoramento, identificamos algumas suspeitas de irregularidades e,
imediatamente, acionamos as autoridades competentes.
Em colaboração com
as investigações, a direção comunica que continua cooperando com todos as
solicitações da Polícia Federal para o total esclarecimento dos fatos.
Por fim, reforça
seu compromisso com a manutenção de uma gestão transparente, ética a eficiente.