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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Operação abafa falhou: Hildo Rocha denuncia morte de preso que foi queimado na delegacia de Cantanhede

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Preso, por suspeita de ter roubado um celular, o jovem João Vitor Santos, de 18 anos de idade, teve 98% do corpo queimado em consequência de incêndio provocado por um curto-circuito nas instalações elétricas da cela da delegacia de polícia de Cantanhede. A vítima morreu um dia após as eleições (3 de outubro). O caso estava abafado. Mas, veio à tona por meio de denúncia feita pelo deputado Hildo Rocha (PMDB/MA), em pronunciamento na tribuna da Câmara Federal.


Vitima era inocente

De acordo com o parlamentar, nada ficou provado contra a vítima. “O rapaz era jardineiro. Trabalhava para ajudar no sustento da sua família. A avó e a mãe foram para a delegacia pedir ao delegado que soltasse o jovem que foi preso injustamente, pois era inocente”, destacou Rocha.

Incêndio
O deputado explicou que para amenizar o calor infernal da cela, João Vitor tentou ligar um ventilador e, em consequência da precariedade das instalações elétricas da delegacia, pegou um choque e foi arremessado sobre o colchonete que pegou fogo. “O único carcereiro presente no momento nada fez para evitar a tragédia por falta de preparo técnico. O governador Flávio Dino sabe que as condições das delegacias são precárias. Sabe também que o estado utiliza mão de obra despreparada, na segurança pública problema. Entretanto nada faz para resolver o problema”, afirmou.

Serviços terceirizados
Hildo Rocha criticou, novamente, a falta de atenção do governo no que se refere à contratação de servidores para o exercício de atividades na área de segurança. Segundo o parlamentar, o carcereiro que trabalha para o estado, na delegacia de Cantanhede, não é servidor público estadual. “É uma pessoa terceirizada, contratada pelo munícipio sem nenhum preparo técnico, sem nenhum treinamento. O governador Flavio Dino sabe o que está ocorrendo, pois esse não é o primeiro caso. Se nada for feito episódios dessa natureza irão acontecer novamente”, acusou.

Denúncias
O deputado ressaltou que tem denunciado, com muita constância, os casos de violação dos direitos humanos praticados no Estado e disse que o procurador-geral de justiça do Maranhão não tem promovido ações contra o governador Flavio Dino. “O procurador-geral de Justiça do Maranhão sabe dos erros que o governador tem cometido. Dr. Luís Gonzaga você é um homem correto. Não fraqueje perante o governador porque senão daqui a pouco você será motivo de vergonha dos seus colegas promotores, promotoras e procuradores de justiça. Eu já fiz as denúncias das violações dos direitos humanos. Olhe o caso Irialdo Batalha. Até agora nada foi feito contra o governador. Por isso, volto à tribuna da Câmara Federal para denunciar ao Brasil e ao mundo os crimes de violação de direitos humanos, no Maranhão, por culpa do governador comunista Flávio Dino”, afirmou Rocha.

Audiência



O deputado destacou ainda que a tragédia de Cantanhede, e outros casos de violações dos diretos humanos ocorridos desde o início do governo Flávio, foram apresentados durante audiência com a secretária nacional de direitos humanos, Flávia Cristina Piovesan que ocorreu na ultima semana. “A secretaria afirmou que tomará as providencias cabíveis”, revelou Hildo Rocha.

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