A
tragédia teve início quando José Orlando, morador da cidade de Governador Luis
Rocha, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Por falta de médicos e pela
precariedade das condições de atendimento no hospital local a vitima teve que
ser transferida para o município de Presidente Dutra.
Tão
grave quanto a falta de condições de atendimento na unidade de saúde do
município, a ambulância também está em péssimas condições de funcionamento.
Para completar o cenário caótico, não havia enfermeiros ou técnicos para
acompanhar o paciente durante o transporte até o hospital mais próximo. O jeito
foi apelar para o improviso. José Orlando foi acompanhado pelo irmão Zé Nilson.
Mas, o
que poderia ter sido a solução mais viável para aquela situação terminou se
tornando em outra tragédia. Durante o deslocamento, a porta traseira da
ambulância se abriu e o acompanhante, Zé Nilson, caiu na BR-226. O motorista só
se deu conta do caso quando chegou ao hospital de presidente Dutra.
Prontamente
retornou e se deparou com Zé Nilson estendido no chão em estado grave. Na queda
sofreu traumatismo craniano.
Irresponsabilidade
e Omissão
O caso
foi denunciado por Hildo Rocha em pronunciamento na tribuna da Câmara. O
parlamentar enfatizou que a morte de Zé Nilson, neste fim de semana, se deu em
consequência de irresponsabilidade do prefeito e omissão dos gestores da
Polícia Rodoviária Federal.
Rocha
disse que o prefeito sabia que a ambulância não tinha condições. Mas autorizou
o uso do veículo. “Há muito tempo a ambulância trafega sem cinto de segurança,
sem travas nas portas. Se tivesse fiscalização isso não teria acontecido. Zé
Nilson deixou filhos, menores de idade, e a esposa desamparada”, lamentou.
Voz em
defesa do Maranhão
O
deputado afirmou que continuará denunciando gestores e agentes públicos que,
por algum motivo, deixem de cumprir corretamente com os seus deveres. Rocha
lembrou que a ambulância envolvida no caso, é objeto de grave denúncia
formulada pelos vereadores Antonio José, Fico, Geraldinho Almeida e Valmir
Costa.
O
deputado disse que é uma S10 que está alugada por R$ 24 mil reais, mas, o valor
normal não deveria ser superior a seis mil reais. “A denúncia foi apresentada
ao promotor mais o Ministério Público ainda não tomou nenhuma providência”,
denunciou.