- Até quando poucos instantes de velocidade serão mais excitante que viver por mais tempo, viver melhor, desfrutar da presença de amigos e familiares?
Até quando a imponência do roncar das motos titânicas, vão dar lugar ao choro do coração diminuto dos pais e amigos?
Temos que aprender de uma vez por todas (principalmente os motoqueiros) que a pressa e a velocidade os levam muito mais além do que eles desejam ir. Os leva pra longe de tudo o que ainda podem viver, e dá carona aos demais que nada tem haver com sua pressa.
A morte chega para todos. - nada de novo até aí -, mas enquanto isso é nossa responsabilidade perseguirmos a vida, e não colocá-la sobre um holocausto para que com nossas próprias mãos venhamos a ceifá-la, tão menos uma roleta russa em duas rodas.
Cada um de nós lamenta de forma diferente a morte do jovem João Paulo, alguns de forma saudosa e inconformada, outros espantados com a violência do acidente. O que não me sai da cabeça porém é o fato do quanto nós somos insensíveis aos relatos das consequências, o quanto precisamos viver as consequências para só assim as mesmas terem um real valor de sobrevivência para nós.
A triste realidade é que para uma classe específica - os motoqueiros - é que nada do que acontece a outros tem servido de aprendizado, tão pouco irá servir para que eles mudem de comportamento. Só mesmo a vivência da experiência irá mostrar quão desastrosas podem ser as consequências de não se levar a vida a sério quando se está em 2 rodas. A "sorte" irá dizer se após essas experiências o motoqueiro irá aprender a não se comportar mais assim, ou se simplesmente não se comportará mais de forma alguma.