A Secretaria de Segurança Pública reúne, em instantes, às 15h de hoje, no seu auditório, a imprensa para esclarecer sobre o concurso público para preenchimento de vagas na Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.
Embora 32 pessoas tenham sido presas por suposta fraude, a Secretaria de Segurança vai garantir que não houve vazamento de informação. Por tanto, pela ótica da polícia, respaldada na Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela elaboração das provas, não há necessidade da realização de um novo concurso. O que deve deixar milhares de pessoas revoltadas, que pagaram cursinhos, fizeram todos os sacrifício para passar nas provas, e consideram que houve desequilíbrio nos concursos.
A Seic vinha monitorando uma quadrilha especializa em fraudar concursos. O líder do bando, por exemplo, Antônio Ferreira Silva, natural de Pindaré, já participou e foi aprovado em 30 concursos, sempre ocupando os primeiros lugares.
Um outro parceiro seu, conhecido por Sérgio Reis, também é um expert em passar nos concursos públicos. Eles estavam comandando uma turma que agiriam ontem, em São Luís e em Caxias, para, na realização no concurso, transmitir, via celular, as respostas das provas.
A ação seria feita de uma maneira muito simples: eles entravam na sala de aula, saiam em poucos minutos e começam a operação de transmissão dos dados.
A polícia garante que a operação foi abortada. E alguns membros da quadrilha, presos em caxias, nos colégios Liceu Maranhense e Batista, e nas faculdades Pitágoras, Ceuma II e Fama.
Assim que as provas começaram, conforme relatou o superintendente da Seic, delegado Augusto Barros, os membros da quadrilha foram presos dentro da sala de aula, onde o concurso estava sendo realizado. Assim como outras pessoas, que iam para o banheiro portando microcelulares, um engenhoca chinesa, que cabe na metade da palma da mão.
Em alguns candidatos, o aparelho foi encontrado na meia, no tênios, no bolso e até na cueca. Nas mulheres, boa parte foi encontrado dentro da calcinha.