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sexta-feira, 15 de julho de 2016

PF age em 8 cidades do MA em combate extração e venda ilegal de madeira

Polícia Federal cumprindo mandado na SEMA, no Maranhão
Polícia Federal cumprindo mandado na SEMA, no Maranhão
Desde as primeiras horas da manhã desta quita-feira (14) que a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desencadearam a Operação Hymenaea, com o objetico de desarticular um grupo criminoso ligado à extração e à comercialização de grandes quantidades de madeira ilegal proveniente da Terra Indígena Caru – abrigo de tribos indígenas insoladas Awa-Guajá – e da Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi. A PF cumpre 77 medidas judiciais nos Estados do Maranhão e Rio Grande do Norte.
Do total, são 11 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária, 56 mandados de busca e apreensão, bem como à suspensão da certificação de 44 empresas madeireiras, nas cidades maranhenses de São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Açailândia, Zé Doca, Alto Alegre do Pindaré, Bom Jardim e Governador Nunes Freire.
Logo cedo, agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Maranhão (Sema) porém, o titular da pasta, Marcelo Coelho, não foi encontrado.
No Rio Grande do Norte, a operação ocorre em Tibau, Mossoró, Parnamirin e Natal, e em Capuí no estado do Ceará. Mais de 300 policiais federais, com apoio dos servidores do Ibama e policiais do Bope de Brasília e Rio de Janeiro participam do trabalho.
Segundo a PF, a organização criminosa atuava extraindo madeira ilegalmente das reservas indígenas, que era esquentada por meio de documentação fraudulenta para o transporte e retirada das áreas protegidas.
Um integrante da quadrilha era o responsável por emitir documentos destinados a microempresas laranjas cadastradas como construtoras em pequenas cidades no interior do Rio Grande do Norte, sendo que o real objetivo da manobra era desviar a madeira para receptadores em todo o Nordeste. Segundo estimativas, o grupo movimentou cerca de R$ 60 milhões.
Os investigados responderão por crimes como participação em organização criminosa, lavagem de capitais, roubo de bens apreendidos, obstar a fiscalização ambiental, desmatamento na Terra Indígena Caru, desmatamento na Reserva Biológica do Gurupi, receptação qualificada, ter em depósito produto de origem vegetal sem licença válida, corrupção ativa, tráfico de influência, dentre outros.

Editado, com informações do G1

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