Em reportagem deste sábado (18) do JN, são citadas as prefeituras de
Santa Quitéria, Araioses, Tutóia, Cedral e São João do Paraíso. As cidades que não ficaram no escuro
estão funcionando na base da liminar na justiça.
Prefeituras de
várias cidades do Maranhão deram o calote na conta de luz. As que não ficaram
no escuro estão funcionando na base da liminar na Justiça.
Em Santa
Quitéria do Maranhão, a prefeitura, há dez meses, nem tem mais o relógio
medidor. A energia chega por esse fio que vai dar neste gerador - improviso que
funciona o dia inteiro. Um jeitinho que a prefeitura encontrou pra não ficar
sem energia por causa da conta atrasada. A dívida está em mais de meio milhão
de reais. O gasto mensal com o gerador passa de R$ 6 mil.
A Prefeitura e a
Secretaria de Educação da cidade de Araioses, a 205 km daqui,
também funcionam na base do gerador.
Em Tutóia,
a 196 km de Buriti/MA, a prefeitura também teve a energia suspensa. Encontramos
o chefe de gabinete atendendo no escuro.
O secretário
adjunto de administração disse não estar muito preocupado com a situação. Com
dívida que ultrapassa R$ 1 milhão, a prefeitura tem alugado prédios
particulares para manter algumas secretarias funcionando. A de financias se
instalou numa quitinete.
Em São
João do Paraíso, a 738 km de Buriti/MA, pelo menos sete órgãos públicos se
mudaram para imóveis particulares por causa da dívida com a energia, que está
perto de R$ 2 milhões.
A prefeitura
de Cedral, distante 565 km de Buriti/MA, passa o dia todo fechada.
É que a energia está cortada há mais de um ano por falta de pagamento. O
gabinete do prefeito foi improvisado em uma salinha ao lado, onde funcionava
uma farmácia pública.
O lugar também
está com a conta atrasada, mas a prefeitura conseguiu o religamento na Justiça,
alegando que tem medicamentos armazenados.
A Secretaria de
Saúde também ficou sem luz e se mudou para o laboratório da cidade, que só tem
energia por conta da mesma liminar. E a Secretaria de Educação, sem energia, se
mudou para uma escola.
Ao todo, o
município deve R$ 8 milhões à companhia elétrica.
Para a empresa
que distribui energia no Maranhão, o custo do calote acaba repassado para os
outros consumidores.
"É um custo
de gerar, transmitir e distribuir e operar esse sistema. Se há inadimplência
compromete toda essa cadeia."
VEJA A REPORTAGEM
DO JORNAL NACIONAL ABAIXO
*Informações do G1