O Secretário Municipal de Saúde, Charles Bacellar esteve participando ontem(08) em Brasília da cerimonia de lançamento do programa "Mais Médicos" do Governo Federal.
O programa “Mais Médicos", cujo o objetivo é aumentar o número de médicos atuantes na rede pública de saúde em regiões carentes, e permitir a vinda de profissionais estrangeiros ou de brasileiros que se formaram no exterior sem a necessidade de revalidação do diploma.
A previsão do Ministério da Saúde é que até 18 de setembro todos os profissionais escolhidos dentro do “Mais Médicos” estejam atuando no país. O programa é instituído por meio de medida provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff, e regulamentado por portaria conjunta dos Ministérios da Saúde e da Educação.
A medida provisória também institui a abertura de 11.447 vagas em faculdades de medicina até 2017 e, a partir de 2015, aumenta em dois anos a grade curricular das faculdades públicas e particulares de medicina, com formação voltada à atenção básica (1º ano) e setores de urgência e emergência (2º ano).
Neste período, os alunos terão uma autorização temporária para o exercício da medicina, e ganharão uma bolsa para atender no SUS.
O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta terça-feira três editais com as regras do Programa Mais Médicos, que tem por objetivo ampliar o número de profissionais de saúde em municípios no interior do País e nas periferias das grandes cidades. Com a medida provisória que cria o Mais Médicos, o governo também vai conceder registros temporários para o exercício da medicina por estrangeiros sem a necessidade de revalidação do diploma. Os primeiros profissionais devem começar a atuar nas regiões carentes a partir de setembro
A quantidade de vagas de médicos será determinada a partir do cruzamento dessas informações. A estimativa do Ministério da Saúde é que sejam abertas 10 mil vagas nas periferias das grandes cidades e nos municípios do interior. Cada um dos médicos vai receber uma bolsa federal de R$ 10 mil. O programa tem investimento de R$ 2,8 bilhões.
Segundo o governo, a prioridade será preencher as vagas do programa com profissionais brasileiros. Os postos de trabalho remanescentes serão completados com profissionais estrangeiros ou brasileiros formados no exterior.
"Não se pode obrigar um médico que quer morar na capital a ir para o interior. O profissional de saúde tem o direito de trabalhar onde quiser", afirmou a presidente Dilma Rousseff durante o lançamento, ao explicar porque optou por chamar profissionais estrangeiros, se necessário. Segundo ela, a iniciativa "se trata de garantir que todos os brasileiros tenham acesso a um médico".
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu que a vinda de profissionais de saúde formados no exterior não pode mais ser um "tabu". Ele destacou que na Inglaterra 37% dos médicos são formados fora, e que nos EUA são 25%, enquanto no Brasil o índice é de 1,79%.
*Com informações das agências de notícias Globo e Terra e extraído do Chapadinha Blog