O entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso de uso de
candidaturas femininas fictícias nas coligações, as chamadas candidaturas
“laranjas”, no Piauí, pode ter repercussão em casos parecidos no Maranhão.
Na terça-feira (17), o TSE decidiu cassar seis vereadores de Valência do
Piauí pela irregularidade na formação da chapa.
Os ministros entenderam que candidatos das coligações Compromisso com
Valença 1 e Compromisso com Valença 2 se utilizaram de candidatas “laranjas” em
2016 e por isso devem perder os mandatos, além de ter os diplomadas cassados.
No Maranhão, o
procurador regional eleitoral, Pedro Henrique Castelo Branco, pediu na Justiça
Eleitoral a cassação de todos os candidatos a deputado do PSL que disputaram as
eleições de 2018 no estado. Entre os alvos do pedido está o deputado Pará
Figueiredo (reveja).
Segundo o MPE, o
presidente estadual do partido, vereador Chico Carvalho, fraudou a composição
da lista de candidatos às eleições proporcionais para o cargo de deputado
estadual. Ele nega (releia).
Já o procurador regional eleitoral substituto Juraci Guimarães Júnior
instaurou procedimento extrajudicial e inquérito policial para apurar eventuais
irregularidades na prestação de contas da candidata a deputada estadual Marisa
Regina Duarte Teixeira (Marisa Rosas). A candidata, sua contadora e
representantes das empresas contratadas com a verba de campanha, doada pelo
Partido Republicano Brasileiro (PRB), já foram ouvidos.
Segundo levantamento
do Jornal Nacional, Rosas mandou confeccionar mais santinhos do que a
quantidade da população do estado inteiro (leia mais). Há suspeitas de que ela tenha sido
usada como “laranja” para desviar recursos do fundo eleitoral.