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A vida do jovem
Weslley Batista, de apenas 16 anos, mudou muito rápido. Menos de um mês
após assinar seu primeiro
contrato de formação com o Santos, o
meia-atacante, agora conhecido como Patati, firmou nesta semana vínculo
profissional com o Peixe.
Não bastasse a mudança de “status”, Patati agora tem multa milionária. O
novo contrato do garoto com o Santos tem três anos de validade, e qualquer
clube de fora do Brasil que quiser tirar o meia-atacante da Vila Belmiro terá
de pagar 100 milhões de euros (R$ 455 milhões, de acordo com a cotação desta
sexta-feira).
Patati chegou ao Santos em julho de 2019, depois de dificuldades por
onde tinha passado. Natural de Presidente Dutra, no Maranhão, o garoto deixou a
casa dos pais aos 15 anos em busca do sonho de se tornar jogador de futebol.
O meia-atacante, então, foi para um clube de Jataí, Goiás. Lá, Patati
alega ter sido abandonado, sem condições para se alimentar, e não conseguia
contato com sua família para voltar para casa. Quando não estava treinando,
morava em um alojamento e precisava fugir com os amigos para buscar frutas em
árvores.
Patati, que já havia passado também pelo São Paulo e iniciado a carreira
no Clube Atlético Maranhense, foi descoberto pelo empresário Maurice Cohen
depois de conseguir deixar Jataí. O agente levou o garoto para testes no Santos
em julho de 2019.
Depois de treinos, avaliações e de ser aprovado, Patati assinou um
contrato de formação, mas logo mostrou que merecia mais. O garoto se destacou
pela equipe sub-17, num jogo-treino contra o Atlético Roraimense, no CT Rei
Pelé, e foi chamado para negociar contrato profissional e disputar a Copa
Santiago, no Rio Grande do Sul, a partir da próxima segunda-feira.