Nesta quarta-feira (16), a Superintendência Estadual de Investigações
Criminais (Seic), prendeu um grupo acusado de clonar WhatsApp de políticos e
aplicar golpes no Maranhão. O prejuízo causado chega a mais de R$ 200 mil.
Foram presos: José Jorge Xavier Alves; Lottas Mateus Ribeiro Caldas;
Hallen Devid Cosmo do Nascimento; Bruno Nascimento Alves de Morais; Marcos
Aurélio Santos Freitas Filho; Márcia Sebastiana Sousa de Jesus e Anniele Raina
Barreto Granjeiro.
O grupo criminoso fez vítimas em várias cidades do Maranhão, incluindo
pessoas ligadas a alguns políticos, tentando ter acesso a recursos do Fundeb –
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação – de alguns municípios.
Há suspeitas de que alguns prefeitos de cidades do Estado do Paraná
também tenham sido vítimas dos criminosos.
Segundo informações do delegado Carlos Alessandro, titular da Seic,
entre os presos há uma funcionária da Câmara Municipal de São Luís, uma
funcionária da Prefeitura de Paço do Lumiar, um funcionário de uma terceirizada
da Vale e um vigilante da Defensoria Pública da União no Maranhão (DPU-MA).
Hallen, um dos acusados, já havia sido preso por esta superintendência
no ano passado, pelo mesmo tipo de crime, mas se encontrava gozando do
benefício da Liberdade Provisória.
A Seic ainda investiga a quantidade real de vítimas e o prejuízo
financeiro dado pela quadrilha, que, segundo informações preliminares, seria
superior a R$ 200 mil. A Polícia investiga, ainda, a participação de mais
pessoas na organização criminosa.
Modus Operandis
A quadrilha agia usando a clonagem de um número de chip de celular, onde
depois utilizava um aplicativo de mensagens de texto, entrando em contato com
os familiares e amigos da vítima, no sentido de pedir valores por
transferências bancárias.
Os criminosos faziam se passar pela vítima do chip clonado, onde se
passavam pela mesma, pedindo ajuda financeira. O grupo criminoso fez vítimas em
vários municípios do Maranhão.
Eles foram autuados por estelionato e associação criminosa, e em seguida
apresentados na sede da Seic e em seguida foram encaminhados para o Complexo
Penitenciário de Pedrinhas.