O blog teve acesso a documentos que ajudam a entender o caso da suspensão dos vencimentos do professor Enedilson Santos. A Secretária Municipal de Educação, Enir Lima (foto), nega perseguição no episódio.
Para acompanhar tudo é necessária uma divisão cronológica dos fatos a partir de ofícios e outros documentos trocados entre SINDCHAP e Poder Público.
SINDCHAP Pede Liberação de 7 Servidores (10 de maio de 2011)
No dia 10 de maio, por meio de ofício a nova gestão solicita à prefeita que 7 diretores da entidade deixem as salas de aulas para que fiquem exclusivamente à disposição do SINDCHAP.
Prefeita Libera Só Um (06 de julho de 2011)
Em resposta ao pleito da entidade e, segundo informações da SEDUC, baseada na lei 8.112/90, a prefeita Danúbia Carneiro liberou, em 06 de julho, apenas um servidor, no caso o presidente Armando Ferreira.
Diretora da Escola Comunica Sumiço de Enedilson (18 julho e 27 de outubro de 2011)
A ausência do professor Enedilson de sua atividades foi comunicada por Edilany da Silva Costa, diretora da Escola Leide Ponte, no dia 18 de junho em ofício em que solicitava substituto para a vaga deixada e reiterada em novo comunicado de 27 de outubro, ou seja mais de quatro meses após o servidor deixar seu posto de trabalho.
SEMED Determina Volta ao Trabalho (17 de novembro de 2011)
Ontem, analisando as informações da diretora da escola Leide Ponte, a Coordenadora de Ensino da Zona Rural, Ana Cléa Fortes Araújo, relatou o caso à secretária Enir Lima que determinou abertura de medida administrativa para apurar o caso, suspendeu os vencimentos de Enedilson do presente mês e comunicou pessoalmente ao professor que ele deveria voltar de imediato ao seu antigo posto.
Secretária Reafirma Legalidade dos Atos
A secretária de Educação Enir Lima reafirmou que as decisões tomadas estão dentro da lei, declarou ainda que não há perseguição e disse que espera apenas que o servidor Enedilson Santos retorne à sala de aula. “Embora o afastamento tenha sido muito prolongado, não temos pretensão de prejudicar ninguém, mesmo porque a livre manifestação é garantida pela constituição. O professor volta para o mesmo lugar onde trabalhava antes e se cumprir suas funções normais não terá problemas em seus futuros vencimentos”, finalizou a secretária.